Há uma percepção romântica de liberdade nos EUA. As instituições americanas trabalham, há séculos, para impedir que o Estado crie mecanismos que o torne “parceiro” ou "invasor" das pessoas.
O engenho desse iluminismo estadunidense, diferente do francês, é a liberdade no lugar da igualdade. Todos são livres e ninguém é obrigado a carregar alguém nas costas. Para eles, os direitos vindos do Estado são pretextos para proteger vagabundos que não acordam cedo ou não aguentam o risco da liberdade (o fracasso ao invés do sucesso), como acontece na Europa, que protege seus fracassados (desempregados, sem-tetos, etc) com intervenção estatal.
Os EUA se perguntam: por que devemos nós, mais fortes, aprender com os europeus, mais fracos? E apelidam Obama de “rei inglês”, "socialista", "falso europeu", já que algumas de suas reformas políticas abriram caminho para que o Estado estanque seu sangue neoliberal, sangue incapaz de nutrir a “liberdade americana”.
16 de fevereiro de 2010
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