Nestas idas férias, pude ler “Contraponto”, outro clássico de Huxley, que também nos lembra que adoramos habitar shoppings, calcular o colesterol de cada alimento, pesquisar parceiros que possam nos dar filhos saudáveis, tomar pílulas que nos deixam felizes, temer o “monstro da informação” que decide sobre nossas vidas, prisioneiros que somos da ciência, do sucesso fisiológico e da qualidade de vida.
O mote de Aldous, novamente, é a vida científica como mentira moderna por excelência. Nossa crença burlesca de que, com a ciência, chegamos à terra prometida. A utopia científica desumaniza, deixa a alma seca como poeira, como um vaso limpo, sem sujeiras, de onde nada brota.
2 comentários:
Pedrão, blz?
Este livro li na faculdade, uns 12 anos atrás, junto com o 1984, do Crowell, não me lembro o nome. Bom, tento nas minhas aulas de marketing passar essa filosofia mais orgânica, de volta aos instintos perdidos do ser humano, seja p/ fazer propaganda ou no relacionamento com o cliente, pois lidamos com pessoas e não máquinas. Não concordo com modelos prontos e fórmulas mágicas. Cada pessoa é diferente e isto que dá graça ao ser humano. Se fosse pela assepsia moderna a qual estamos submetidos, nunca teríamos nos reunidos novamente com nossos amigos como fizemos neste fim de semana. É meu amigo, o mundo está ficando careta com seus sintéticos, felicidade artificial. Loucos Shereks são raros, peças de museu. Abç. Valeu pela cerveja.
Falae Sr. Rosas!
Lendo este post lembrei da máxima de Srila Prabhupada: "nada vem do nada...", e também de um provérbio indiano: "O lótus nasce do lodo" hehe.
Grande abraço,
Flavio
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