Uma boa razão para casar é poder culpar o outro pelas próprias fraquezas. Um homem pode responsabilizar mulher e filhos por ter desistido de ser o “aventureiro” que havia dentro dele. No casamento, a decepção pode ser menos amarga quando transformada em acusação: “Você está me impedindo de alcançar o que não tenho coragem de fazer”.
E não pensem que seja esta a causa primordial dos divórcios. Ao contrário, traz força ao casamento. “Ainda bem que você está aqui, do meu lado, dando-me uma desculpa. Sem você, eu teria de encarar a verdade: o fato de que eu mesmo não paro de trair meus próprios sonhos.”
A gente sempre pode casar com a pessoa ideal: aquela que podemos culpar por nossos fracassos. E para compensar os sonhos não vividos, passamos as tardes de domingo num sofá. Minha mulher pede para eu brincar com as crianças ou ir até a padaria. “Mas justo eu, que deveria estar explorando o Nilo ou negociando a paz na Somália?. Minha mulher nunca está satisfeita comigo".
16 de setembro de 2009
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6 comentários:
...."Fugir da dor é uma forma de aceitar o cabresto de covardia trocando a vida pela sobrevivência"
Franklin Maciel
to me separando.
tava infeliz, quando me libertei e fugir pra NY - onde ainda estou, e volto este sábado - percebi que teria que encarar a verdade.
daí, vem isso aqui.
odeio escritores. era mais fácil culpá-lo., agora, vou ter que culpar a mim mesma. e, ao mesmo tempo, levar a minha coragem e seguir adiante sozinha, sozinha.
espero conseguir.
e você, como está?
palhaçada, viu?
Como grande casadoira amada e sempre amando que sou, digo que caso não contra, mas, a favor, a favor da grande aventura de amar loucamente (muitas vezes, serenamente) a mesma pessoa, de construir uma história de vida juntos que vai do conto de fadas à crueza do cotidiano, de sentir saudades do cheiro tão banal capaz de encher de tesão, de se apaixonar diversas vezes pela mesma pessoa, da intimidade que desmascara o teatro dos desconhecidos, da sedução que amadurece, de nÃo ter vergonha de ter dor de barriga, de ter filhos, de formar uma família,desse amor ser um porto seguro e não uma conversa de botequim, da admiração que só a convivência pode trazer (pois ela não é ilusória, bonitinha, é real), do entrelaçamento dessas histórias humanas geradas por amor, pelo simples fato de amar e ser amada, pelos dias de chuva sentar no sofá com um balde de pipoca junto aos filhos e assistir desenho animado, pelo ato revolucionário de nos dias de hoje, de amor e pessoas descartáveis, movidas a paixões desprovidas de verdade, egoistas do próprio tesão e falta de entrega, estar casado! De quando tudo parece ruir, pois o mundo individualista do "mercado do gozo" te faz trocar de pessoa, como troca de roupa, ou de carro, sorrir na espreita e dizer a ele: Eu amo e sou amada e com nossos lindos filhos amados estamos aprendendo a viver em família, essa caretice mais revolucionária e complexa que pode acontecer a alguém. Esse núcleo que tem conflitos, mas acima de tudo, amor. E quando a pele cair, a beleza de dentro é ainda maior, diz o amigo tempo. Pois toda pele cai! Pela profundidade da verdade e da entrega e porque, desculpe, sou uma sonhadora! Desculpe se o que sinto é antigo. Desculpe, mas, o que faço é por amor! Essa é minha única verdade.
Beijo!
Comecei a receber suas poesias, pensamentos e reflexões. A maioria das coisas não são interessantes, mas esta é bem interessante para a gente refletir nos nossos ideais. Será que a gente também não culpa os maridos?
Meu. Ducaralho essa reflexão. Na vêia.
Sensacional!
Também concordo que a culpa é do Freud!
Mas no fundo, não tão fundo, para nossas mamães, a gente nem é tão MAU assim, vai?
Ah... porque o resto é ficção, né não?!
Hehehe!
Beijo!
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