1 de fevereiro de 2010

Na solidão de todos nós

Como recebo mensagens taxando meus textos de pessimistas/"afetados". Quero declarar que, como pessoa comum que sou, escrevo sem qualquer tipo de armadura que possa esconder minha miséria.

Trabalho para sobreviver, como todos. Tento me virar como posso, fazendo contas do mês, lidando com medos e crises repetitivas de baixa auto-estima.

Penso na mulher abandonada depois de anos de dedicação a um homem, só porque chegou aos 40 anos e porque não consegue mais sorrir tão fácil. Penso no homem que vê sua vida pendurada por uma corda, apertando seu pescoço toda vez que pensa nos juros de seu cartão de crédito. Penso no idoso que não vê mais seus filhos porque envelheceu pobre. Penso em você, tomando seu café-da-manhã, sonhando com o sucesso. Escrevo, meus amigos, na solidão de todos nós.

Um comentário:

Mari Pavanelli disse...

melhor mandar os críticos de plantão que cuidem de suas vidas, que se preocupem com seus chifrinhos, seus saldinhos negativos ou listem suas ações perfeitas, seus sucessos homéricos, suas faltas de "pecados", felicidades e alegrias intermináveis.

afinal, somos craques em peitar bolas maldosas, cair e levantar, extravagantes máquinas de teimosia e persistência. então vamos ser nós mesmos, custe o que custar, doa a quem doer, quem quiser rir que ria, quem quiser chorar que chore, quem gostou gostou, quem não gostou que vire a pagina...