17 de julho de 2009

Teologia da prosperidade

De carona com a passagem do século, inúmeras mudanças surgiam no panorama econômico e religioso do Brasil. Se as promessas do plano real sacudiam a nação, a paisagem religiosa se manteve em plena mutação.

A Teologia da Prosperidade, doutrina cunhada pela Igreja Universal do Reino de Deus, expandiu-se incrivelmente nos anos 1990, na esteira da ascensão econômica, espalhando-se para outros templos, como Igreja Renascer e Nova Vida.

Com o novo credo, os prazeres mundanos se tornaram sagrados. Os fiéis passaram a neutralizar o demônio para ter acesso a tudo de bom que a existência pudesse oferecer: saúde perfeita, harmonia conjugal e riqueza material.

A relação entre homem e Deus tornou-se um contrato. Para receber a graça, você frequenta a igreja, entrega o dízimo, faz as ofertas e “toma uma nova atitude”. Se quiser vencer na vida, deve ter confiança incondicional a Deus. A Teologia da Prosperidade imprime um tom pedagógico pesado: durante as reuniões, os fiéis pedem vitória, harmonia familiar, fortuna, e aprendem, ao lado do clero, alcançar seus casos banais de sucesso.

Um comentário:

Roberto Sodré Azevedo (Rio de Janeiro) disse...

Li com prazer que navegas nas mutações de tudo: das religiões, do desenvolvimento social e outras teorias das mutações envolvendo moedas e etc, e finalmente a teoria da PROSPERIDADE. De fato houve grandes mudanças no Brasil ou por ai afora, entretanto é bom observar um detalhe e sem discordância do seu ponto de vista. O que estou defendendo é que os comportamentos éticos são bastante diferentes. Quando falo sobre os ganhos, vou atrás do Weber que você citou e veja bem, quando ele tratou do assunto na sua 1ª. versão envolvendo os protestantes no desenvolvimento capitalista do mundo, cujos valores envolvidos, sem duvidas, sempre estariam na ética e no ascetismo protestante. Aliais, ele nunca negou em sua obra a idéia que o homem gostasse de dinheiro, de possuir coisas e de riquezas, inclusive a ostentação de grandes posses. Para o protestante possuir e ganhar muito dinheiro nunca foi pecado, lógico, desde que os ganho ocorressem dentro e de forma honesta. Assim, todos os avanços na área política social e a todo progresso americano, sempre esteve intimamente ligado à ética e ao pensamento racional, organizado e acima de tudo capitalista. Observe que estou defendendo quando o nome da cultura protestante agasalha e envolve todo mundo e ate os crentes da igreja Universal e suas ramificações sempre em mutação, e, sempre envolvendo a moeda como objetiva básico, nunca com ética, absurdamente sem nenhum trabalho, ainda desonestamente. Não sou protestante, apenas defendo o não joga-los todos, os bons de ética e os ruins, na mesma vala.

Enfim, examinando o estabelecimento do capitalismo bem sucedido sempre se acreditou haver uma “conexão entre o espírito RACIONAL, a ETICA e o protestantismo ASCETICO!”. Vezes por outra vejo nos jornais com elogios derramados para Universidade Harvard de como conduz a casa com seriedade, lógica e uma visão ética. Harvard é milionária e sabe administrar bem o dinheiro e fundamentalmente protestante ate nos ossos.
Terminando, Lutero dizia sempre em suas pregações, que um individuo precisa cumprir suas obrigações no mundo a fim de ser aceito por DEUS. Tinha outras idéias fixas, as quais defendia sempre: considerava-se um grande incentivador da criação de riquezas e apologista natural do capitalismo empreendedor, idéias estas, também defendidas pelos Holandeses e pelos puritanos ingleses. Podemos voltar a afirmar que foram estas idéias básicas de capitalismo, de lucro, de ascese e de angariar riquezas que deram origem o grande desenvolvimento da nação norte americana. Era o capital bem conduzido, de forma ética e produzindo riquezas. às vezes quando o assunto é bom e muito polemico se fala muito, e, eu estou sempre esquecendo que, também é muito perigoso ser tão prolifero e, este assunto tem diversas mãos.
São idéias.