17 de junho de 2009

Paganismo ou cristianismo

O século 21 parece ter acabado com o charme dos ateus e dos que acreditam na ciência e na história. Não sou contra a religião. Ser religioso não é sinal de má informação ou inteligência, mas as crenças modernas me incomodam.

Caso queira escolher uma doutrina, evite as que têm menos de mil anos. Procure trabalhos de historiadores da Antiguidade ou Idade Média. Afaste-se dos livros de autoajuda, escritos por picaretas quânticos, que vendem receitas baratas de se conseguir dinheiro, amor e sexo. Procure religiões milenares, de culturas que viviam em paz com o mundo.

Imagino, por exemplo, se ao invés do cristianismo, o paganismo tivesse vencido. Será que viveríamos num mundo sem patriarcalismo, sem ódio gratuito, luta racial e, ainda assim, rico em medicina, tecnologia, sexo livre, aviões e baladas?

2 comentários:

André Carvalho disse...

Talvez, ou talvez aqueles que usaram a doutrina cristã para queimar homens inteligentes que ousavam fazer perguntas, usassem a doutrina pagã para queimar os mesmos homens.

A religião, assim como as ervas, é como uma arma. O problema é quem a usa.

Beatriz de Carvalho Teixeira disse...

A gente está sempre procurando caminhhos, respostas.... Vejo em S. Francisco Xavier a proliferação de "gurus" e mais "gurus", de diferentes origens, nacionalidades, rituais, valores e, muitas vezes, percebo como outra forma decisiva de consumo. E, que bom negócio!
Nossa cultura prevalente afirma que a felicidade será conseguida fora de nós; a dor, a angústia pode ser controlada com substâncias, ou emoções extremas, ou com o apoderamento de algo ou alguém.
Será que as respostas não estão próximas ao nosso Universo, ao nosso coração?
Meu pai dizia que "para conhecer o mundo damos uma volta no quarteirão". Falava em observar nos detalhes o óbvio e o cotidiano. Olhar pra dentro, no meu quarteirão.
Difícil pra mim: adoro viajar!