Se começamos a divergir dos chimpanzés há seis milhões de anos, e ainda compartilhamos 99% de seus genes, como 1% bastaria para explicar porque eles ainda dormem em árvores e nós construímos cidades? A ciência, sôfrega em devorar preceitos, começou a mapear alguns genes para responder o mistério.O primeiro deles foi o HARI, responsável pelo rápido desenvolvimento do córtex cerebral - onde realizamos funções cognitivas complexas, como compor sinfonias, por exemplo. O segundo chamou-se FOXP2, qualificado para o domínio da linguagem. O tamanho do cérebro também apurou nossa fala - comparado aos chimpanzés, nosso cérebro triplicou, graças ao gene ASPM.
Com a descoberta do fogo e da agricultura, há 10 mil anos, passamos a digerir carboidratos com facilidade, através do gene AMY1. O LCT, produtor da lactose, sofreu mutações e permitiu o consumo de leite em nossa vida adulta – e nossa sobrevivência em tempos de penúria.
As estruturas genéticas exclusivas poderão, futuramente, explicar a condição humana?

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