10 de agosto de 2008

Em busca do tempo perdido

Vi muita gente perder a juventude atrás de conforto e segurança. O problema é que, quando finalmente conseguem, a juventude se foi. De qualquer forma, o mundo seria realmente encantado se as pessoas nascessem velhas e morressem crianças.

A existência começaria aos 80 ou 90 anos. Seríamos como bebês, frágeis, com dificuldade para andar. O reumatismo diminuiria aos 76. Aos 74, estaríamos na escola. Fumar o primeiro cigarro aos 63. Namorar aos 62. Universidade aos 60.

Começaríamos a trabalhar aos 55. Seria possível conseguir conforto e segurança sem perder a juventude! A barriga encolheria. As rugas desapareceriam aos 30. As mãos ganhariam agilidade.

Aos 20, pediríamos aposentadoria, em pleno vigor físico e mental. Seria possível brincar na infância em companhia dos amigos da velhice, com toda sabedoria acumulada. E quando a morte finalmente viesse, estaríamos tranquilamente no berço, prontos para o mais profundo dos sonhos.

8 comentários:

Anônimo disse...

quero nascer velho!!!

Anônimo disse...

adorei esta idéia.

Maria Eugênia disse...

Eu amo esta narrativa em BUSCA DO TEMPO PERDIDO. Como queria ser beneficiada com essa possibilidade. Mas além da excelência da idéia, o que mais gosto é da espetacular capacidade dissertativa do seu texto.Entro nelee fico submersa. Não apenas pela dissertação, nem como dito, pela idéia, mas pelo dom de nos meter dentro do sentimento proposto. Moço, parabéns de novo. Já estou irremediavelmente sua fã. e esperando aquele livro que ainda não chegou.
Maria Eugênia

Unknown disse...

Porra Pedro..

que máximo.. curtiu o movimento..

afinal em nosso tempo atual o tempo so tem um tempo. e vc ao brincar com o sentido do tempo nos faz perceber a perplexidade do tempo que anda para frente e agente sente que ele anda para o fim.

Pura fisica que ja sacou que nao existe uma coisa sem outra, pois a luz nossa referencia do tempo e 5% da materia do universo o resto ée materia escura..

Narscer velho e fazer valer a energia escura e fazer valer o que de fato vale a pena.

Brincar com os amigos da velhice.. desfrutar a vida vivida em todos seus sentidos, explodindo as linhas de fuga daquilo de de fato é importante..

Legal
acho que vc vai curtir o
http://www.mojobooks.com.br/
sei-la.. veee aii
Abraços
DReyf

silvia mokreys disse...

Mas num berço iríamos morrer cheios de vida!

Geo Pinto disse...

Você assistiu o filme, O Estranho caso de Bejamin Button.

Ele nasceu velho e foi ficando novo até que desapareceu.

Abs...

Arnout - Amsterdã disse...

Pedro, que bom de ler su blog! Ha visto vc o film de bratt pitt sobre o homem que vai atras na vida de ancianito a ser bebe?

Como vai no sao paulo?
Deve ser muito felic com os jogos olimpicos nao e? Fico muito felic para sul america

Estou pasando algumas horas no guarulhos o 2 de novembre. Vou visitar a familia da minha noiva na cidade de cochabamba no bolivia

Nao sei si podem sair para saludar a vc
Ja falei disso com neto

Fala alguma coisa de vc? Vc se dedica a escrivir? Ainda toca bateria numa banda legal?

Mary Pavanelli disse...

veja o estranho caso de benjamin button (c/meu lindo e amado brad pitt)... pelo menos ele tinha um colo querido p/embala-lo enqto morria bebê. mas e se todos morressemos bebês, quem nos amamentaria, quem guiaria nossos passos durante a amnésia e confusão da infancia invertida? e, afinal, se só alguns tivessem direito à essa estranha inversão, os q não fossem contemplados c/tal maravilha não seriam capatazes cruéis destes escolhidos, revoltados com a imperfeição e peso da árdua tarefa?... não sei, não, meu caro, a natureza é tão perfeitinha em todas as suas nuances, mesmo parecendo falha e triste, mas tão perfeitinha q até dói.