22 de março de 2008

Moral falida

Eliot Spitzer, que renunciou ao cargo de governador do estado de Nova York, ficou conhecido por sua atuação agressiva contra a máfia da prostituição estadunidense. Mas logo descobriu-se que o ex-advogado era freguês de uma rede de programas de luxo, e que recorria ao estelionato para ocultar o pagamento de seus encontros.

O fato ganhou a primeira página dos jornais em todo mundo. Quem poderia acreditar em tamanha hipocrisia? A resposta veio fácil, muito bem analisada por Contardo Calligaris, psiquiatra e colunista da Folha de São Paulo:

"Um moralizador, do nível de Spitzer, desconta nos outros os impulsos que são seus e que não consegue dominar. Ou seja, todo moralizador é, por excelência, um homem de moral falida".

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