10 de outubro de 2007

Mercadores sem loja

Em São Paulo, ninguém arriscaria medir a liberdade das pessoas. As diferenças nascem num parto lento, dolorido, e crescem vertiginosamente. Condomínios, puteiros, bingos, favelas, trabalhadores sem fábrica, comerciantes sem loja, surgem a todo momento.

Se diz cosmopolita. Parece mais um aglomerado de provincianos obrigados a conviver num mesmo espaço, colossal, industrial.

É como o trânsito. Os motoristas de São Paulo não conseguem se relacionar num ambiente onde milhões de pessoas têm os mesmos direitos. Se sentem injustiçados, e viram justiceiros. “Seu nordestino filho da puta!”, gritam ao motorista de ônibus. No trânsito de São Paulo, qualquer madame vira mandingueira.

4 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito desse post e seu blog é muito interessante, vou passar por aqui sempre =) Depois dá uma passada lá no meu site, que é sobre o CresceNet, espero que goste. O endereço dele é http://www.provedorcrescenet.com . Um abraço.

Anônimo disse...

Oi Pedrinho, há algum tempo carrego comigo essa mesma imagem de sp como um "aglomerado de províncias". Desde que cheguei aqui, passada a afasia inicial diante da floresta de signos, passei a perceber que tudo n˜åo passava de um imenso e velho papel de parede- que foi se descolando aos poucos. Somos um país caipira, conservador pra caralho. Nossa metrópole é o reflexo disso. Vivemos num país tosco onde as velhas oligarquias ainda dizem o que o resto do país deve fazer - vide o grande número de representates da classe se escondendo no planalto.

Ainda assim, desta merda e deste estrume ainda nascem flores.... ou pelo menos nasceram. graças aos deuses...

Prof. Regina Guimarães disse...

São Paulo onde é que escondes, teus encantos de cidade? Vejo as luzes no horizonte, tu te deitas atrás dos montes, velhas pontes, automóveis, na neblina que te cobre tu te envolves e me olhas com ternura. Da Berrini a Pompéia, em teu corpo feminino eu caminho, eu deslizo... São Paulo eu preciso dos teus carinhos. Amei a tua análise, estou de pleno acordo, mas, depois do discurso do Conrado fica difícil falar alguma coisa mais a não ser que amo profundamente esta velha fazenda onde faço parte do gado sem pedigree

Prof. Regina Guimarães disse...

Pedro teu Blogger está lindo!!!!!!!!!!!!! Amei tudo!
Beijo grande